O Brasil dá adeus ao artista plástico Frans Krajcberg, o polonês que se tornou brasileiro.
O polonês Frans Krajcberg, que veio para o Brasil fugindo da 2ª Guerra Mundial, onde perdeu a sua família que foi toda dizimada em um campo de concentração, pelo Nazismo de Adolf Hitler, morreu nessa quarta-feira (15) no Rio de Janeiro, aos 96 anos, vítima de complicações de saúde.
Krajcberg, nascido em Kozienice, Polônia, em 21/04/1921, vivia no Sítio Natura em Nova Viçosa, litoral do extremo sul da Bahia, desde 1972. Antes de fixar residência na única faixa de Mata Atlântica preservada em Nova Viçosa, ele já havia vivido em uma caverna na cidade de Itabirito-MG.
O artista se tornou mundialmente conhecido através das esculturas feitas com troncos de madeiras calcinadas, aquelas destruídas pela queimadas das árvores para fazer pasto. Ele era engajado na defesa da floresta verde e enveredava em diversas searas da arte como pintura, gravura, escultura e fotografia.
O corpo de Frans Krajcberg será cremado no Rio de Janeiro, mas as suas cinzas serão levadas para Nova Viçosa e serão guardadas no Sítio Natura. Ele era chamado de "Tarzan", assim como o personagem do cinema, que morava em cima das árvores, Krajcberg construiu a sua moradia em cima de um tronco de uma árvore, rodeada de uma biodiversidade impressionante, invejável, intangível, imensurável e intocável, pelo menos até agora.
O Sítio Natura virará um Museu Natural, pertencente ao acervo cultural do Estado da Bahia. Frans Krajcberg já havia feito a doação, pois, vivia sozinho e não tinha herdeiros.
Fotos do Sítio Natura:
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