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Resiliência e resistência na luta contra a escravidão, assim Zumbi dos Palmares virou símbolo da Consciência negra, através da Lei 10.639/2003.

Em 1695, no Período do Brasil Colonial, o líder negro Zumbi dos Palmares, lutou bravamente até a morte por ideários de liberdade em defesa do seu povo. Era um movimento de resistência ao sistema escravagista, que dominava a política estabelecida pelos senhores de engenho.

Os quilombos, termo originalmente utilizado para designar local de população nômade, ou então, de pequenos acampamentos de comerciantes, com o início da escravidão no Brasil, os escravos passaram a adotar o termo para designar lugar de refúgio, onde se escondiam para não serem alcançados pelas iras dos homens brancos.

Um desses quilombos, que se tornou o mais famoso em terras tupiniquins, foi o Quilombo dos Palmares, localizado na Capitania de Pernambuco, atualmente o Estado de Alagoas, liderado pelo negro Zumbi, por isso ele ficou conhecido como Zumbi dos Palmares.

Vale lembrar que a Abolição da Escravatura só se deu em 1888, com a assinatura da Lei Áurea, pela Princesa Regente do Brasil Dona Isabel, filha de  D. Pedro II, Imperador do Brasil.

É importante ressaltar, que uma corrente majoritária de Historiadores do Brasil sempre valorizou os heróis brancos, europeus e seus descendentes. Eram Imperadores, navegadores, bandeirantes, líderes militares que figuravam na nossa História como os heróis nacionais. 

Hodiernamente é salutar a valorização de um líder negro na História Brasileira, abrindo espaço para reescrever a história de outros personagens de igual quilate. Destaca-se que Zumbi dos Palmares foi um símbolo da força negra e herói da conquista do Quilombo dos Palmares. Ele era um escravo brasileiro, que foi levado para Portugal por um Missionário, mas fugiu da Europa e retornou ao Brasil, tornando-se um líder contra a Coroa Portuguesa.


Zumbi era uma lenda no Nordeste, mas acabou sendo morto pelos portugueses, que cortaram a sua cabeça e a colocaram como exposição em uma praça pública, demonstrando que ele não era um ser imortal e que os anti-heróis portugueses não os venciam.

Por derradeiro, o dia 20 de novembro, é uma homenagem merecida não só da consciência negra, mas da conscientização de que é preciso fazer políticas públicas que abranjam toda a coletividade, que a seletividade que vemos hoje precisa ser estancada, porque a ideia que se tem de que a justiça é para todos é pura enganação. 

No Brasil atual, aplica-se a justiça seletiva, assim como diz na canção do músico Humberto Gessinger, do Engenheiros do Hawai,  somos "todos iguais, todos iguais, mas uns mais iguais do que os outros".





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