Brasília: O triste fim de Aécio Neves.
Uma revelação bombástica abalou o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto em Brasília, Distrito Federal, nessa quarta-feira (17) com a notícia de que o Senador da República Aécio Neves - PSDB/MG pediu ao dono da JBS, o empresário Joesley Batista, r$ 2 milhões e que o Presidente da República Michel Temer - PMDB/SP teria autorizado o pagamento de uma mesada no valor de r$ 500 mil para calar a boca do Ex-deputado Federal Eduardo Cunha, preso na Operação Lava Jato.
Aécio Neves, segundo gravações da Polícia Federal, teria solicitado do dono da JBS Joesley Batista r$ 2 milhões com o pretexto de pagar honorários advocatícios para a sua defesa das 43 delações na Operação Lava Jato. O dinheiro rastreado foi entregue ao primo do Senador mineiro Frederico, o Fred, a pedido do próprio Senador. Ainda segundo consta nas gravações Aécio Neves ameaça matar o delator antes que fosse delatado, caso houvesse um desacerto.
A mala de dinheiro foi entregue ao Fred, mas continha um chip para rastreá-la até o seu destino final. Fred entregou a mala para um assessor de Zezé Perrella, outro Senador da República, representante de Minas Gerais. Perrella é filiado ao PMDB mineiro. O dinheiro foi depositado na conta da empresa do filho dele Gustavo Perrella, aquele que é dono do helicóptero apreendido com 455 kg de cocaína no norte do Espírito Santo. O jovem político foi inocentado no caso que ficou nacionalmente conhecido como "HELICOCA".
Já o Presidente da República autorizou o pagamento de propina na ordem de r$ 500 mil por semana por um período de 20 anos, para amordaçar a boca de Eduardo Cunha, considerado homem-bomba de Brasília. Cunha ameaçou delatar todo mundo, pondo fim à República.
Todas as gravações, que foram devidamente autorizadas pelo Ministro do STF Edson Fachin, Relator da Lava Jato, foram homologadas e já fazem parte dos autos do processo da maior operação contra a corrupção política do país.
Por causa das delações da JBS, o STF decidiu afastar o Senador Aécio Neves das funções parlamentares por tempo indeterminado. Aécio forçadamente se licenciou do comando nacional do PSDB.
Com base nas delações que envolvem o nome do Presidente Temer, Edson Fachin autorizou a abertura de inquérito para investigá-lo. Essas delações abalaram as estruturas partidárias de Brasília. A PGR (Procuradoria Geral da República) pediu a prisão de Aécio Neves, negada por Fachin, todavia, a irmã dele Andreia Neves foi presa nessa quinta-feira (18) pela Polícia Federal no condomínio de luxo Retiro das Pedras em Brumadinho, acusada de intermediar a negociação dos r$ 2 milhões da propina.
A prisão de Andreia Neves deixa o irmão Aécio órfão e acéfalo, pois, ela era o cérebro e o coração do tucano, isso significa que praticamente decreta o fim do ciclo áureo e glorioso de domínio político da família Neves em Minas Gerais, quiçá, signifique que seja o triste fim de Aécio Neves.
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